Coisas que a vida ensina depois dos 40 anos

Artur de Távola

Amor não se implora, não se pede não se espera...
Amor se vive ou não.
Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.
Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para
mostrar ao homem o que é fidelidade.
Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
Água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto com a falta de grana.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam.
O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.
Há poesia em toda a criação divina.
Deus é o maior poeta de todos os tempos.
A música é a sobremesa da vida.
Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.
Filhos são presentes raros.
De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças a cerca de suas ações.
Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que
abrem portas para uma vida melhor
O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções,
destrói preconceitos,
cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente...

Afinidade

Arthur da Távola

A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil,
delicado e penetrante dos sentimentos.
O mais independente.

Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos,
as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação,
o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida.

É uma vitória do adivinhado sobre o real.
Do subjetivo sobre o objetivo.
Do permanente sobre o passageiro.
Do básico sobre o superficial.
Ter afinidade é muito raro.

Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois
que as pessoas deixaram de estar juntas.
O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples
e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.

Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos
fatos que impressionam, comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavra.
É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.

Afinidade é sentir com.
Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.
Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado.
Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios.

Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.
É olhar e perceber.
É mais calar do que falar.
Ou quando é falar, jamais explicar, apenas afirmar.

Afinidade é jamais sentir por.
Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo.
Mas quem sente com, avalia sem se contaminar.
Compreende sem ocupar o lugar do outro.
Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.

Só entra em relação rica e saudável com o outro,
quem aceita para poder questionar.
Não sei se sou claro: quem aceita para poder questionar,
não nega ao outro a possibilidade de ser o que é, como é, da maneira que é.
E, aceitando-o, aí sim, pode questionar, até duramente, se for o caso.
Isso é afinidade.
Mas o habitual é vermos alguém questionar porque não aceita
o outro como ele é. Por isso, aliás, questiona.
Questionamento de afins, eis a (in)fluência.
Questionamento de não afins, eis a guerra.

A afinidade não precisa do amor. Pode existir com ou sem ele.
Independente dele. A quilômetros de distância.
Na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar.
Há afinidade por pessoas a quem apenas vemos passar,
por vizinhos com quem nunca falamos e de quem nada sabemos.
Há afinidade com pessoas de outros continentes a quem nunca vemos,
veremos ou falaremos.

Quem pode afirmar que, durante o sono, fluidos nossos não saem
para buscar sintomas com pessoas distantes,
com amigos a quem não vemos, com amores latentes,
com irmãos do não vivido?

A afinidade é singular, discreta e independente,
porque não precisa do tempo para existir.
Vinte anos sem ver aquela pessoa com quem se estabeleceu
o vínculo da afinidade!
No dia em que a vir de novo, você vai prosseguir a relação
exatamente do ponto em que parou.
Afinidade é a adivinhação de essências não conhecidas
nem pelas pessoas que as tem.

Por prescindir do tempo e ser a ele superior,
a afinidade vence a morte, porque cada um de nós traz afinidades
ancestrais com a experiência da espécie no inconsciente.
Ela se prolonga nas células dos que nascem de nós,
para encontrar sintonias futuras nas quais estaremos presentes.
Sensível é a afinidade.
É exigente, apenas de que as pessoas evoluam parecido.
Que a erosão, amadurecimento ou aperfeiçoamento sejam do mesmo grau,
porque o que define a afinidade é a sua existência também depois.

Aquele ou aquela de quem você foi tão amigo ou amado, e anos depois
encontra com saudade ou alegria, mas percebe que não vai conseguir
restituir o clima afetivo de antes,
é alguém com quem a afinidade foi temporária.
E afinidade real não é temporária. É supratemporal.
Nada mais doloroso que contemplar afinidade morta,
ou a ilusão de que as vivências daquela época eram afinidade.
A pessoa mudou, transformou-se por outros meios.
A vida passou por ela e fez tempestades, chuvas,
plantios de resultado diverso.

Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças,
é conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas,
quantos das impossibilidades vividas.

Afinidade é retomar a relação do ponto em que parou,
sem lamentar o tempo da separação.
Porque tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida,
para que a maturação comum pudesse se dar.
E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais,
a expressão do outro sob a forma ampliada e
refletida do eu individual aprimorado.




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A Lei de Murphy

A famosa Lei de Murphy explicada de uma forma tão prática.







Aiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!
Mais informações sobre esta Lei :....Só o Google Salva. Amén.



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O Principio do Vazio

De tempos em tempos, é necessário...

Dai que:
Faço uma limpeza geral !!

Avalio o que é realmente importante e útil, e desembaraço-me do que é supérfulo.
Até para não guardar coisas que não servem para nada.

De forma a que consiga me libertar de pesos excessivos e desnecessários.
A última coisa que queremos é acumular "problemas" em excesso e sem solução.

Para não conhece, fica aqui o video, para  pensar...e talvez aplicar.






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Sorte ou Azar

Era uma vez um menino pobre que morava na China e estava sentado na calçada do lado de fora da sua casa. O que ele mais desejava era ter um cavalo, mas não tinha dinheiro.
Justamente nesta dia passou em sua rua uma cavalaria, que levava um potrinho incapaz de acompanhar o grupo. O dono da cavalaria, sabendo do desejo do menino, perguntou se ele queria o cavalinho. Exultante o menino aceitou.
Um vizinho, tomando conhecimento do ocorrido, disse ao pai do garoto:
- "Seu filho é de sorte!"
- "Por quê?", perguntou o pai.
- "Ora", disse ele, "seu filho queria um cavalo, passa uma cavalaria e ele ganha um potrinho. Não é uma sorte?"
-"Pode ser sorte ou pode ser azar!", comentou o pai.
O menino cuidou do cavalo com todo zelo, mas um dia, já crescido, o animal fugiu.
Desta vez, o vizinho diz: "
-Seu filho é azarento, hein? Ele ganha um potrinho, cuida dele até a fase adulta, e o potro foge!"
- "Pode ser sorte ou pode ser azar!", repetiu o pai.

O tempo passa e um dia o cavalo volta com uma manada selvagem. O menino, agora um rapaz, consegue cercá-los e fica com todos eles.
Observa o vizinho:
- "Seu filho é de sorte! Ganha um potrinho, cria, ele foge e volta com um bando de cavalos selvagens."
-"Pode ser sorte ou pode ser azar!", responde novamente o pai.
 Mais tarde, o rapaz estava treinando um dos cavalos, quando cai e quebra a perna. Vem o vizinho:
-"Seu filho é de azar! o cavalo foge, volta com uma manada selvagem, o garoto vai treinar um deles e quebra a perna."
- "Pode ser sorte ou pode ser azar!", insiste o pai.

Dias depois, o reino onde moravam declara guerra ao reino vizinho. Todos os jovens são convocados, menos o rapaz que estava com a perna quebrada. O vizinho:
-"Seu filho é de sorte..."

Assim é na vida, tudo que acontece pode ser sorte ou azar.
Depende do que vem depois.
O que parece azar num momento, pode ser sorte no futuro.

Dr. Lair Ribeiro
Do livro: O Sucesso não Ocorre por Acaso

A Massacrante Felicidade dos Outros

por : Martha Medeiros, Jornalista e Poeta.

Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coissíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Há no ar um certo queixume sem razões muito claras.

Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem. De onde vem isso?

Anos atrás, a cantora Marina Lima compôs com o seu irmão, o poeta Antonio Cícero, uma música que dizia: ‘Eu espero/ acontecimentos/ só que quando anoitece/ é festa no outro apartamento’ .

Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.

As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim.

Ao amadurecer, descobrimos que estamos todos no mesmo barco, com motivos pra dançar pela sala e também motivos pra se refugiar no escuro, alternadamente. Só que os motivos pra se refugiar no escuro raramente são divulgados pra consumo externo.

‘Todos são belos, sexys, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores, social e filosoficamente corretos. Parece que ninguém, nenhum deles, nunca levou porrada. Parece que todos têm sido campeões em tudo’.

Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz-de-conta. Nesta era de exaltação de celebridades – reais e inventadas – fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas tem.

Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia.

Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores?

Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Será tão gratificante ter um paparazzo na sua cola cada vez que você sai de casa? Será bom só sair de casa com alguém todo tempo na sua cola a título de segurança? Estarão mesmo todas essas pessoas realizando um milhão de coisas interessantes enquanto só você está em casa, lendo, desenhando, ouvindo música, vendo seu time jogar, escrevendo, tomando seu uisquinho?

Tenha certeza que as melhores festas acontecem sempre dentro do nosso próprio apartamento.





Acontecimentos

Eu espero um acontecimento só que quando anoitece
Festa no outro apartamento
Todo amor vale quanto brilha, aí e o meu brilhava
Brilho de jóia e de fantasia
Que há com nós o que que há
Com nós dois amor me responda depois
Me diz por onde você me prende por onde foge
E o que pretende de mim
Era fácil nem dá pra esquecer aí, e eu nem sabia
Como era feliz de ter você
Como pode queimar nosso filme
Um longe do outro morrendo de tédio e de ciúme
O que é que há com nós
O que é que há com nós dois amor me responda depois
Me diz por onde você me prende, por onde foge
E o que pretende de mim
Eu espero, como pode queimar nosso filme

La beauté d'Ava Gardner




O Mais Belo Animal do Mundo

Excursão de Cátia Vanessa.

Redação:

Fui ver a Torre Eiffel, e ia já quase a chegar, quando tropeçei numa pedra, que era demasiado pequena para ver, e demasiado grande, porque me aleijei. Danada, praguejei e foi quando vi que estava um papel arrastado pelo vento, preso na pedra. De inicio parecia-me uma nota de 500€ , e por isso o apanhei, mas não era a conta de um restaurante.
Lembrei-me logo da últma vez que fui ao restaurante, e nem vou esquecer tão depressa porque comi um bacalhau muito bom, daqueles que nem a minha mãe faz, que se limita a cozer com batatas, e couves. E se não for o fio de azeite a disfarçar, o bacalhau fica quase sem gosto. Apesar que já lhe terdado uma receita que passaram naquele programa português, que dá mesmo antes do telejornal, que me irrita porque nunca mais acaba e fico uma data de tempo, a ver noticias parvas, à espera da minha telenovela favorita.
Aquela, onde entra a actriz muito conhecida que tem 2 filhos do jogador de football, e que se divorciaram no ano passado porque saiu umas fotos dele com uma modelo nas revistas.
Por acaso, gosto muito dela, já quando fazia de gémeas, na outra telenovela, e fazia uma má e outra boazinha. Quando ela fazia de gémea má lembrava-me sempre duma vizinha minha, por causa da roupa e do corte de cabelo. Adorava quando ela se vestia toda de saia e casaco da mesma cor, acho que chamam de taileur!! Não sei, mas a minha vizinha veste-se igual, e lembra-me a muito gémea má, se bem que de feitio não se parecem nada.
A minha vizinha até é simpática. Foi ela que me reservou o lugar nesta excursão para ver a Torre Eiffel!!! É tão alta!!!!


Texto de Isabel Peres

Vou, ou talvez não.

Vou fechar os olhos e sonhar que sou o vento, um raio de sol e tocar ao de leve cada criatura, cada pedra, cada nuvem, cada sombra que passar por mim.
Senti-las uma a uma, até entender que passarei uma vida até conseguir tocar em todas, e que será algo que farei, mesmo que não queira, ou esteja cansada demais para o fazer.

Vou fechar os olhos e  vou imaginar que está tudo bem em cada ser que se cruza por ai, e que cada sorriso é dado com prazer, e cada abraço é real e sentido.
Que cada minuto mal vivido, é recuado no espaço por artes mágicas, em que sentimos desaparecer o Mundo até os nossos olhos se fixarem no que aconteceu de errado, com o pensamento angustiante de como é que eu faço? E é sempre seguido, obrigatóriamente por aquela sensação de que afinal não era nada.   

Vou fechar os olhos e respirar fundo e sonhar que todos os males cabem na minha mão, fechá-la com tanta força, até cerrar as minhas próprias unhas na minha própria carne até fazer sangue, enquanto o meu coração sorri levemente, e o meu cérebro inventa uma forma de encerrar definitivamente esse mesmo mal, talvez na lâmpada do génio,que enterrarei naquele Jardim Maldito, que ninguém procura para passear. E que ervas daninhas a escondam tão profundamente que as raizes das àrvores centenárias não as consigam alcançar.

Vou fechar os olhos e projectar-me noutra realidade, noutra dimensão, e correr tão velozmente de encontro ao que  desejo, que serei obrigada a fugir do que não desejo.
Que a velocidade da luz  me dê boleia, até encontrar um planeta que esteja fora do alcançe dos buracos negros.

Vou fechar os olhos e apanhar todos os malmequeres do Mundo, até não haver um espaço nos meus braços, e em todos os braços.
Em que tenhamos todos de baixar levemente a cabeça para nos cumprimentar-nos, num gesto digno e humilde, de quem diz estou aqui, por nós todos.   

Vou fechar os olhos e gritar tão alto, que ninguém ouvirá mais nada, até as ondas dos Oceanos, pararem de bater nas areias e rochas, suspensas no ar, e o meu grito se desfiar num leve gemido, que eu mesma não consiga ouvir.

Vou fechar os olhos e observar todas os rostos, até encontrar o mais doce de entre eles, que consiga me dar a doce ilusão que a vida é realmente bela e todas as lutas têm um real sentido e uma real lição para um futuro melhor.
E que quando esse futuro chegar, eu ainda tenha forças para aplicar as lições aprendidas, sem que permaneçam apenas na gaveta das memórias esquecidas, das experiências adquiridas, mas que ninguém quer ouvir ou realmente saber, ficando lições essas, gravadas na minha carne que desaparecerá mais depressa do que o tempo que precisei para tirar um real sentido da aprendizagem.

Vou fechar os olhos e sonhar que que na prática os bons são recompensados, e os maus castigados, e que a nossa história terá um final parecido com aquele filme, que já vimos centenas de vezes, porque é assim que
imaginamos um desfecho para nós mesmos. E o genérico faz com que as letras dançem ao som daquela música que nos toca bem cá dentro.

Vou fechar os olhos e imaginar que todas as crianças sorriem como gostamos de as ouvir, e que os seus choros sejam apenas de pequenas quedas, joelhos  roçados. E sonhar que todas as mães sabem exactamente o que fazer, em qualquer tipo de situação, com toda a ternura e calma do mundo, como as gravuras gostam de as representar, e que consigam fazer com que os seus petizes cresçam, sem que digam uma única vez, que a culpa de coisas mais disparatadas, seja da mãe.

Vou fechar os olhos....vou.... somente fechá-los.

Texto de Isabel Peres                                                                     

Feliz do Homem....

...que sabe valorizar a mulher...
Este sim, pode chamá-la de sua, não pelo sentimento de posse,
 mas por ela não querer ser de mais ninguém...




A minha vida é um livro aberto

A minha vida é um livro aberto, no qual, cada dia é mais supreendente que outro.

Algumas páginas, escrevi e apaguei tanto, que achei melhor arrancar...

Outras, enchi-as de desenhos: corações, pássaros multicolores e dragões.
Não têem nada para ler, mas são tão cheias de cor, que acabo por parar a apreciá-las.

Depois vezes houve, resolvi deixar páginas sem nada escrito.
Escrevia, escrevia, mas as palavras que escrevia eram tão dolorosas, que a tinta,em forma de lágrima escorria...

Para não falar das que deixei propositadamente em branco.
Tão grande era o vazio.

Tenho um capitulo, em que falo só de Maternidade. Do que pensei escrever, ainda só vou em metade.

Em algumas páginas, resolvi acrescentar com poesias e textos de autores vários.
Tinham uma sabedoria tão grande, que além de aprender com eles, foi uma forma de lhes prestar homenagem.
A eles, o meu obrigada por me ensinarem algo, que sem a sua sabedoria, não teria chegado a escrever um livro tão cheio.

Continuo a escrever o meu Livro.

Se tu passaste pela minha vida, então existe uma página dedicada somente a ti.
Com um beijo no fim. Bé


Texto de Isabel Peres